terça-feira, 6 de setembro de 2011

Gestão de Custos em Odontologia - Odontologia Extra-bucal

O Dentista de hoje, para se adaptar à economia globalizada, deve levar em conta dois aspectos relacionados à dinâmica desta profissão: no primeiro, a necessidade do profissional em buscar a constante evolução e aprimoramento técnico-científico (Odontologia Intrabucal); na segunda, a necessidade real de se criar estratégias que visem implantar um novo processo de atividade profissional que é a de ampliar seus conhecimentos em formação de parcerias (“consultórios odontológicos em rede”), administração, gerenciamento e qualidade de serviços prestados aos "consumidores" que procuram e comparam os diversos serviços oferecidos em nosso ramo de trabalho (Odontologia Extrabucal). Temos que assimilar a idéia de que estamos em um mercado altamente competitivo e que como conseqüência da estabilização de nossa moeda com o Plano Real o dinheiro passou a ser ganho através de um resultado operacional conhecido com TRABALHO e não mais através de especulações e cirandas financeiras, ou seja, resultados não operacionais.

A Gestão financeira passa ser então uma ferramenta indispensável para a permanência e por que não sobrevivência profissional. Entender os mecanismos de fluxo de caixa de nossa empresa/consultório e saber interpretá-los passou a ser uma obrigação. Este processo ainda doloroso e complicado para a maioria dos Dentistas começa simplesmente pelo registro dos movimentos de entradas e saídas de dinheiro que ocorrem na rotina da empresa. Organização financeira com protocolos simples para estes registros, busca de informação para possibilitar a correta interpretação e definição de metas são resumidamente os fatores que possibilitarão a Odontologia de forma mais ampla e completa ocupar local de destaque no desenvolvimento de nosso País.

Segundo Pio XII, nossa profissão exige dos que a ela se dedicam, o senso estético de um artista, a destreza manual de um cirurgião, os conhecimentos científicos de um médico e a paciência de um monge. Esta definição constantemente presente em convites de formatura me faz ter muito orgulho de ser Dentista e de dizer que graças a Deus e a nossa brilhante escolha e vocação. Fazemos parte de um grupo de profissionais que tem a possibilidade de curar e criar dentro de nosso objetivo básico que é, sempre de forma ética, o bem estar bucal e geral de nossos pacientes/clientes.

Falar em Odontologia Extra Bucal é "gritar" para todos os profissionais ligados à Odontologia (todos mesmo!) que estamos num momento de transformação. Precisamos romper os paradigmas que definem atualmente a nossa atividade profissional. Devemos considerar a Odontologia como uma parte indivisível da saúde e procurar em conjunto analisar estas alterações ocorridas. Temos a obrigação e o dever de rever estes conceitos e passar a ter uma visão mais holística de nossa missão como prestadores de serviços em saúde bucal. Devemos ter um desejo maior que o de resolver um problema individual. Uma das maneiras de reposicionar a atuação do Dentista é trabalhar estas competências necessária durante sua formação. Converso constantemente com meus alunos na Universidade Tuiuti do Paraná sobre gestão e percebo o interesse na captação destas informações.

A Saúde foi uma das últimas áreas a desenvolver mecanismos de gestão. Falar de Gestão em Saúde infelizmente ainda é um tema que não agrada a maioria dos profissionais ligados à Odontologia, mas com certeza é o principal caminho para realizarmos um trabalho diferenciado e objetivando um mercado cada vez mais exigente e competitivo. Devemos desenvolver técnicas gerenciais e administrativas e agregá-las aos princípios éticos e necessidades de nossa sociedade. Não devemos nos sentir culpados, ambiciosos ou mesquinhos quando pensamos que um dos objetivos de nossa profissão é a obtenção de lucro ou de forma mais branda, um resultado financeiro positivo em nossa atividade.

Entender a dinâmica financeira de nossa profissão é obrigação de todos que buscam a realização profissional.
Já se foi o tempo em que ser bom cirurgião-dentista era suficiente.
Agora, para vencer na Odontologia, você não poderá fugir de novos desafios: manter um bom movimento no consultório, diminuir suas perdas de tempo, dinheiro e paciência por causa da desorganização, construir uma equipe de confiança – Capital humano - e que encante seus pacientes, diminuir despesas e riscos jurídicos e adequar-se ao novo cenário e às tendências da Odontologia. Saber o que acontece com o dinheiro é fundamental. As informações registradas de quanto entra e quanto sai, cruzada com a de onde vem a pra onde vai, são fundamentais para organizar financeiramente o consultório e a vida emocional do profissional.

É fato que o preço dos produtos e/ou serviços nas inúmeras relações comerciais tem seu valor calculado e aumentado desnecessariamente simplesmente pelo fato de que no caminho a ser percorrido desde o consumidor até o fornecedor, além dos custos necessários para sua realização, inúmeros intermediários participam deste processo e conseqüentemente interferem ativamente no seu preço final. Quanto sobra para o Dentista, por exemplo, quando ele realiza um determinado procedimento em seu consultório por um valor tabelado de R$ 20,00 (vinte reais)? Se calcularmos superficialmente o quanto custa para o Dentista “sentar no mocho” e trabalhar no paciente veremos que destes vinte reais muito pouco sobrou na mão deste profissional que conforme foi dito acima, além do paciente (consumidor), é a outra parte deste processo indispensável para sua conclusão. Devemos considerar durante o tempo disponibilizado para o atendimento ao nosso paciente, que o procedimento é apenas uma parte da consulta. A consulta abrange toda prestação do serviço, ou seja, todas as despesas disponibilizadas para se realizar o atendimento desde o momento da entrada do paciente em nosso consultório/empresa até o momento em que “fechamos” a porta após liberá-lo da consulta. Este tempo reservado para a realização do procedimento conseqüentemente ultrapassa o tempo da realização do procedimento propriamente dito.

De forma mais objetiva, costumo sugerir em meus cursos e consultorias que o profissional inicialmente some todas as despesas/mês de sua empresa, dentro do seu critério de registros e divida pelo número de horas/mês em que efetivamente ele atende os seus pacientes. Neste estágio básico de análise não se está falando de capacidade instalada, potencial de produtividade, taxa de ocupação, formação real de custos, mas pelo menos uma linha de pensamento de gestão de custos está se formando. Exemplificando basicamente o descrito acima se um consultório/empresa custa ao seu proprietário/dono R$ 1600,00 despesas/mês e ele trabalha 80 horas/mês (04 horas/dia X 20 dias mês) seu custo hora será de R$20,00.

Empresa tem como metas de Gestão financeira primeiramente faturar para atingir o equilíbrio, em seguida faturar para atingir o lucro mínimo desejado e num estágio de maior maturidade buscar a maximização de seus resultados. Gestão profissional com conceitos modernos tem como uma estratégia tomar atitudes com foco em autodesenvolvimento e busca da felicidade como combustíveis para se atingir metas de forma mais equilibrada.


REALIZADORES DE SONHOS:

POR QUE ALGUMAS PESSOAS CONSEGUEM REALIZAR SEUS SONHOS E OUTRAS NÃO?
- SÃO PESSOAS DE CARNE E OSSO,
- MONTAM PARCERIAS,
- VALORIZAM RELAÇÕES INTERPESSOAIS,
- TRANFORMAM A SI MESMAS E A COMUNIDADE,

- DESEJAM FAZER DO MUNDO UM LUGAR MELHOR,

“SONHAM COM OS OLHOS ABERTOS, PORQUE O SONHO É A PRIMEIRA ETAPA DO PLANEJAMENTO ESTRATRÉGICO DE EMPRESAS, CARREIRAS E PAÍSES “ (Você s/a)


BOA VIAGEM A TODOS E ATÉ BREVE...

Flavio Alves Ribeiro - CD
Professor da Universidade Tuiuti do Paraná
Diretor de Negócios da Dentes e Números Consultoria
flavioaribeiro@terra.com.br

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